É galera, por mais estranho que
possa parecer existe uma bela combinação entre as ciências. O teflon (R), nome
comercial do politetrafluoretileno, cuja marca registrada rende uma boa grana
para seus fabricantes está presente numa infinidade de objetos como as roupas
espaciais,válvulas artificiais para o coração e até mesmo naquela frigideira
que você deixa dentro do fogão com uma quantidade óleo que jamais será
aproveitado. Mas vamos lá.

Em
1938 um químico chamado Rouy J. Plunkett ( 1919-1994) fez uma grande descoberta
ao tentar preparar um gás refrigerante não tóxico a partir do
tetrafluoretileno. Não obetendo o resultado desejado, mas sim um tanque
vazio, Plunkett seguiu sua pesquisa, porém estudando o tanque
vazio. Ao observar o mesmo, constatou a presença de um pó branco em seu
interior. Como químico, já fez sua dedução. Neste caso, a hipótese era a de que
as moléculas do tetrafluoretileno haviam se combinado originando um material
sólido. Na época a ciência não conhecia os processos de polimerização
prevalecendo a hipótese inicial para explicar o tanque vazio. Observando suas
propriedades incomuns, Plunkett e outros químicos começaram a estudar o
politetrafluoretileno e possíveis maneiras de obtenção. O composto branco
parecia uma cera, era mais inerte que a areia, não era afetado por ácidos,
bases fortes, calor ou por nenhum solvente. A relação entre o polímero e a
bomba atômica torna-se real durante a Segunda Guerra.Os cientistas que
trabalhavam na construção da primeira bomba atômica buscavam um material
de vedação resistente ao calor. O material deveria resistir ao gás extremamente
corrosivo, o hexafluoreto de urânio UF6, usado para enriquecer o urânio 235
usado na bomba.

Um
General do Exército reponsável pelo projeto da bomba atômica tomou conhecimento
da descoberta desse polímero, e mesmo sabendo que sua produção era extremamente
cara resolveu fazer um investimento. Com isso, o politetrafluoretileno foi
transformado em juntas de vedação e válvulas resistentes ao composto corrosivo.
A companhia produzio o Teflon (R) para esse fim durante a guerra, entretanto, a
maioria das pessoas só tomou conhecimento de sua existência após o confronto.
Trecho do livro didático de Química " VIVA" de Novais e Tissoni, 2016
Por
Professor: Moacir Tomaz de Santana
Graduado em Ciências Biológicas pela Uningá
Graduado em Química pela Universidade Estadual de
Maringá
Especialista em Metodologias de Ensino e Docência
no Ensino Superior pela Unicesumar
Mestre em Química pela Universidade Estadual de Londrina
Professor do Quadro Próprio do Magistério no Estado
do Paraná
Referências
Livro didático Público: NOVAIS V.L.D. TISSONI, M.A. Vivá.
Química, volume III. Positivo. Curitiba 2016
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