Provavelmente você já deve ter estudado no
Ensino Fundamental, Médio ou até mesmo na Graduação Soluções e ligações
Químicas. No primeiro momento, é comum os
alunos pensarem em exemplos típicos de soluções do cotidiano como: água + sal. Não é errado, na verdade é um
ótimo exemplo para iniciar um conteúdo, pois mostra claramente como a Química
está inserida no nosso cotidiano. Porém, como Professor, sempre observo que os
alunos raramente conseguem reconhecer uma solução sólida ou gasosa, diferente
dos exemplos líquidos: água + açúcar, água + café, Suco em pó + água, etc.
Assim como as soluções líquidas participam
do nosso cotidiano, temos também as soluções gasosas, como o ar que respiramos,
e as soluções sólidas.
Uma solução sólida é basicamente uma
mistura em estado sólido de dois ou mais componentes que constituem uma fase
única.
Chamamos de ligas às misturas com
propriedades semelhantes à dos metais onde pelo menos um dos constituintes é um
metal.
“Toda
solução sólida metálica é uma liga, embora nem toda liga constitua uma solução
sólida”
São exemplos de ligações
químicas, onde teremos as ligações iônicas, que ocorrem entre metal x não metal,
as ligações covalentes, que ocorrem entre não metais e não metais ou ainda, não
metal + Hidrogênio, e as ligações metálicas, que caracterizam-se normalmente por um subnível
eletrônico “d” completo e um orbital “s” incompleto pelo qual os elétrons fluem
livremente através de uma estrutura cristalina. Isso justifica a capacidade do
cobre como excelente condutor de eletricidade, tendo em vista que a
eletricidade nada mais é, que o fluxo mais ou menos ordenado de elétrons.
Saiba mais sobre as ligações químicas aqui:
Saiba mais sobre as ligações químicas aqui:
Os metais são elementos
químicos que apresentam como principal característica física, a capacidade de
perder elétrons e consequentemente realizar dois tipos de ligações: a ligação
iônica e metálica.
As ligas metálicas
apresentam algumas características que diferem dos metais puros como por
exemplo: o aumento da dureza e o aumento da resistência mecânica.
Poucos são os metais
empregados praticamente puros na fabricação de objetos. Entre eles, podemos
citar:
O Cobre (Cu): com larga
utilização no teor de pureza especialmente como condutor elétrico ( Fio de
cobre nas instalações residenciais)
O alumínio (Al): possui
alta condutibilidade elétrica e térmica, bem como uma baixa densidade. É uma
das formas metálicas mais usadas (em panelas, latas de refrigerante, entre
outros), perdendo apenas para os aços.

A maior parte dos metais é
empregada na forma de ligas onde um ou mais metais predominam. O aço por
exemplo, é uma mistura de (Ferro, carbono e outros metais), já o latão ( Cobre
e Zinco).
Provavelmente você já ouviu falar em ouro 18 quilates.O número de
quilates indica em massa quantas partes de ouro há em um total de 24 partes.
Assim, o ouro (Au) 24 quilates é o ouro puro, e o ouro 18 quilates tem 18
partes de ouro e 6 de cobre (Cu) ou prata (Ag). Os talheres e diversos
instrumentos musicais são exemplos de ligas metálicas.
Algumas ligas apresentam
resistência elétrica superior à dos metais que as constituem como a liga
formada por cobre e manganês.
Os aços especiais têm
resistência à corrosão muito superior à dos elementos que os formam. No aço
temos Ferro (Fe) e carbono (C) além do cromo, níquel, cobre, vanádio, manganês,
dentre outros.
As ligas de alumínio e
magnésio vêm sendo usadas em estruturas que aliam alta resistência a baixa
densidade, como bicicletas e aviões. Já as ligas à base de titânio (Ti) têm
diversas aplicações como nos implantes dentários ou em pinos que fixam próteses. O titânio não
apresenta rejeição em contato com o tecido ósseo.
Pela resistência das ligas
de titânio, nas últimas décadas cada vez mais participam da arquitetura
moldando novas e belíssimas paisagens urbanas.
Trecho do
livro didático de Química " VIVA" de Novais e Tissoni, 2016
Por
Professor:
Moacir Tomaz de Santana
Graduado
em Ciências Biológicas pela Uningá
Graduado
em Química pela Universidade Estadual de Maringá
Especialista
em Metodologias de Ensino e Docência no Ensino Superior pela Unicesumar
Mestre em
Química pela Universidade Estadual de Londrina
Professor
do Quadro Próprio do Magistério no Estado do Paraná
Referências
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